Taxação de super-ricos: milionários pagam mais imposto no Brasil que nos EUA e Reino Unido?
O governo Lula propõe um imposto de renda mínimo para super-ricos como forma de combater desigualdades no Brasil, justificando a medida com dados que indicam que os ricos pagam menos impostos em comparação a contribuintes de renda média. A polêmica se estende a outros países, onde a falta de transparência nos dados torna difícil avaliar a real carga tributária suportada por essa classe econômica.
Debate sobre impostos dos ricos ganha destaque no Brasil
O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lançou uma proposta para a criação de um imposto de renda mínimo para os super-ricos — aqueles que ganham mais de R$ 50 mil mensais.
A ideia visa afetar cerca de 140 mil contribuintes brasileiros e isentar do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. A alíquota subiria gradativamente, de quase zero para até 10% para rendimentos superiores a R$ 100 mil mensais.
Estudos indicam que ricos brasileiros, com rendimento superior a R$ 37 mil, pagam em média 14% de impostos, semelhante às alíquotas de classe média, e os mais ricos podem pagar até 12,9%.
Esse padrão de tributação é visto como regressivo, perpetuando desigualdades. Nos EUA, bilionários como Jeff Bezos e Elon Musk conseguiram pagar zero impostos em certos anos, enquanto Warren Buffett pagou 17% em um ano.
Na comparação mundial, o Reino Unido revela que o 1% mais rico paga 30% da receita do governo em imposto de renda, embora existam distorções devido a ganhos de capital.
Cenário global de desigualdade:
- Os 10% mais ricos detêm 52% da renda global.
- A metade mais pobre recebe apenas 8,5%.
- No Brasil, uma pessoa entre os 10% mais ricos ganha 29 vezes mais que a média da metade mais pobre.
Economistas enfatizam a necessidade de maior transparência em dados sobre tributos e desigualdade para promover reformas efetivas.