'Taxa da blusinha' chega aos EUA': isenção para encomendas internacionais de até US$ 800 da China termina hoje
Isenção da tarifa sobre pequenos pacotes de importação termina nos EUA, impactando o comércio eletrônico chinês. Aumento significativo nos preços dos produtos é esperado, afetando diretamente os consumidores americanos.
A partir desta sexta-feira, a isenção de impostos de importação sobre minimis (pequenos pacotes) da China e Hong Kong para os EUA será encerrada, intensificando a guerra comercial entre os países.
As importações com valor de até US$ 800 (cerca de R$ 4.540) terão uma taxa de 90%, superior à antiga tarifa ad valorem de 30%, conforme decreto da Casa Branca.
Antes, produtos abaixo desse valor podiam entrar nos EUA sem tributação, beneficiando varejistas como Shein e Temu.
Washington também aumentará a taxa por item postal: de US$ 25 para US$ 75 entre 2 de maio e 1º de junho, e para US$ 150 após 1º de junho.
No dia 27, a Shein já aumentou os preços de seus produtos nos EUA, com altas de até 51% em itens de beleza e saúde e de 377% em um conjunto de panos de cozinha.
A Shein, apesar de ser originalmente de Nanjing, agora está em Cingapura e se beneficia de uma vasta rede de manufatura para oferecer preços baixos.
A isenção anterior favorecia o e-commerce chinês, aumentando as vendas em volumes maiores e dificultando a fiscalização de produtos ilegais. A decisão de encerrar a isenção já era esperada por Temu e Shein, que começaram a diversificar suas operações nos EUA.