Táticas de "proteção" para navegar nas oscilações da renda variável
Fundos long & short e long & biased se destacam pela proteção em meio à volatilidade do mercado de ações. Investidores buscam alternativas que ofereçam oportunidades de lucros com segurança em cenários econômicos incertos.
Volatilidade do mercado de ações nos últimos três anos dificultou ganhos, levando gestores a buscar formas "mais protegidas" de exposição.
Os fundos long & short (LS) e long & biased (LB) ganharam popularidade, especialmente entre investidores de varejo.
Os fundos LS são escolhidos por investidores menos avessos a riscos, sendo sempre comprados e vendidos em ações. Eles podem ter exposição direcional de até 20%, aproveitando oportunidades de valorização e desvalorização.
Um exemplo é o AZ Quest Total Return FIC FIM, que se destacou com ações americanas e uma rentabilidade de 50,31% nos últimos três anos. Wang, da AZ Quest, ressalta o desempenho em setores de consumo, varejo e vestuário.
O Ibiuna L&S STLS FIC FIM também teve destaque, superando 50% de rentabilidade e apostando em setores como financeiro e commodities.
Com patrimônio líquido de R$ 1,5 bilhão, o fundo mantém exposição neutra em bolsa, buscando oportunidades de valor relativo entre empresas.
No lado dos fundos long & biased, o Icatu Vanguarda Igarate Long Bsd FIFM RL e o Absolute Pace Long Biased Advisory FIC FIA se destacaram entre os mais rentáveis, com correlação maior ao mercado.
O fundo Absolute Pace LB Advisory tem forte concentração em setores elétrico e de consumo, operando com 85% em ações. Em cenários de risco, estratégias relativas são adotadas.
O Icatu Vanguarda Igarate LB FIFM RL é classificado como “puro sangue”, flutuando entre 20% a 80% de exposição direcional, ao contrário da média de 60% a 70% dos LBs locais.