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“Tarifas são atalho perigoso para a guerra”, diz Brasil na OMC

Brasil critica uso de tarifas como arma política em discurso na OMC, alertando sobre riscos à economia global. O embaixador Philip Gough destaca apoio internacional e defende uma reforma estrutural da organização para garantir soluções justas e pacíficas.

Brasil condena tarifas como coerção política

No dia 23 de agosto, o Brasil se manifestou na Organização Mundial do Comércio (OMC), criticando o aumento das tarifas comerciais como ferramenta de pressão política.

A declaração, feita pelo embaixador Philip Gough, foi interpretada como uma resposta à ameaça de sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos.

Gough afirmou que “tarifas arbitrárias estão desestruturando as cadeias globais de valor” e podem levar a uma espiral de preços altos e estagnação.

Ele destacou os perigos do uso de tarifas para interferir em assuntos internos de outros países, afirmando que isso representa um caminho para a instabilidade e a guerra.

A declaração brasileira recebeu o apoio de cerca de 40 países, incluindo Canadá, União Europeia e membros do Brics.

O Brasil também defendeu uma reforma estrutural da OMC, visando restaurar sua função como foro legítimo de solução de disputas.

Gough alertou que, caso as negociações com os EUA fracassem, o Brasil utilizará “todos os meios legais” para proteger sua economia, incluindo o sistema de disputas da OMC.

A crítica do Brasil ocorre em resposta às tarifas dos EUA, que alegam promover a liberdade de expressão e proteger Jair Bolsonaro, aliado de Trump.

A delegação americana defendeu que as empresas dos EUA competem em condições desiguais, sugerindo que negociações bilaterais seriam vantajosas.

O Brasil reafirmou seu compromisso com o multilateralismo e a resolução pacífica de disputas, afirmando que “ainda temos tempo para salvar o Sistema Multilateral de Comércio”.

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