Tarifas praticamente inviabilizam exportações da indústria têxtil e de confecção para os EUA, diz Abit
Taxa adicional de 50% dificulta exportações do setor têxtil brasileiro aos EUA, revela associação do setor. Pimentel destaca que lista de exceções traz alívio ao comércio entre os países, abrangendo 40% das trocas.
Implementação de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA foi oficializada em 30 de agosto. A medida, segundo Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, inviabiliza as exportações da indústria têxtil e de confecção nacional.
Pimentel afirmou que a associação fará esforços para incluir o setor em um grupo com apenas 10% de tarifa adicional.
Os produtos enviados para os EUA atendem nichos específicos do mercado e há um déficit nas balanças de serviços entre os países.
Surpreendentemente, o governo americano também divulgou uma lista de exceções à tarifa, que abrange cerca de 40% do comércio bilateral.
No setor têxtil, apenas os cordéis de sisal estão isentos. Este item representou cerca de 17% das exportações do setor para os EUA no ano passado.
A lista de exceções inclui mercadorias importantes, como:
- Derivados de celulose e petróleo
- Polpa e suco de laranja
- Castanha do pará
- Aeronaves civis e peças
- Fertilizantes
- Produtos energéticos (gás natural e carvão)
- Minério de ferro e ferro-gusa
- Metais