Tarifas fazem de Alckmin principal canal de Trump com Lula
Geraldo Alckmin mantém diálogos com o governo dos EUA para evitar os impactos da guerra tarifária iniciada por Trump. Enquanto isso, o Brasil adota uma postura conciliadora, buscando um equilíbrio nas relações comerciais com americanos e chineses.
Guerra tarifária dos EUA: Desde o início da contenda tarifária de Donald Trump, o Brasil foi momentaneamente poupado das tarifas. A gestão Lula, através de Geraldo Alckmin (PSB), atuou como principal interlocutor com a Casa Branca.
Alckmin, como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, começou interações diretas com o USTR logo após Trump assumir. O Brasil foi o primeiro país a estabelecer contato sistemático, resultando em ao menos seis reuniões entre autoridades.
Apesar da guerra tarifária global, o Brasil ficou fora da lista de países mais afetados. Durante a crise, o governo brasileiro teve uma postura de conciliação, mantendo críticas moderadas às tarifas. Alckmin fez comentários sobre a situação, enquanto Lula expressou opiniões mais enfáticas.
A relação Brasil-China é crucial, já que o país asiático é o principal alvo de Trump. Alckmin e seu par chinês discutiram o fortalecimento da OMC. Lula encontrará Xi Jinping em breve, o que pode intensificar a retórica entre os países.
Até o momento, as reações do Brasil têm sido cautelosas, com o ministro Fernando Haddad sugerindo esperar para ver os desdobramentos. A expectativa é que as negociações se resolvam até o final do ano.
Investimentos: Os EUA lideram em investimentos estrangeiros diretos no Brasil, representando quase 30% do total. Uma comitiva de 90 empresas americanas esteve no Brasil recentemente, buscando oportunidades de negócios.