Tarifas e ruídos não tiram brilho dos EUA entre investimentos no exterior, avalia BTG
Incertezas políticas e econômicas nos EUA levam investidores a explorar alternativas fora do país. Especialistas do BTG Pactual acreditam que, apesar dos desafios, o mercado americano ainda é considerado a aposta principal entre os ativos globais.
Incertezas no governo Trump impactam investidores
O clima de apreensão gerado pelo governo de Donald Trump neste ano tem aumentado o interesse por ativos globais, especialmente fora dos EUA.
Grandes gestoras notam um “renascimento” do mercado europeu, enquanto investidores de Wall Street olham para mercados emergentes.
Ainda assim, a avaliação de gestores do BTG Pactual é de que o investimento nos EUA permanece como o mais atrativo. Para Marcelo Santucci e Rafael Mazzer, a diversidade é importante, mas os EUA ainda são a aposta dominante.
Santucci destaca que os EUA têm um “ambiente econômico versátil” e crescimento superior. A divisão de portfolio solutions do BTG Pactual tem cerca de R$ 150 bilhões sob gestão.
Apesar da preferência, o ambiente atual nos EUA é mais desafiador, com um comportamento imprevisível de Trump e uma crescente dívida pública.
A Moody’s rebaixou a nota de crédito dos EUA em maio, refletindo preocupações fiscais. O novo projeto tributário de Trump prevê um aumento de US$ 2,4 trilhões no déficit, preocupando analistas.
Santucci acredita que o default é improvável, mas investidores estão cautelosos, o que gera volatilidade no mercado.
O dólar caiu quase 10% em 2025, levantando discussões sobre a perda de protagonismo dos EUA, embora Santucci acredite que isso vai levar tempo.
Na renda variável, há uma busca maior por diversificação, e ele defende que essa diversificação pode ser encontrada dentro da própria bolsa americana.