Tarifas dos EUA são autodestrutivas, próximas às da Grande Depressão, diz economista-chefe da Coface
Economista alerta que novas tarifas dos EUA podem trazer estagflação e dificuldades econômicas globais. Caffet destaca a gravidade da situação e os riscos para a economia americana em decorrência das medidas protecionistas de Trump.
Tarifaço de Trump eleva taxas sobre importações, devolvendo-as aos níveis da Grande Depressão, segundo o economista-chefe global da Coface, Jean-Christophe Caffet.
Caffet declarou que as tarifas americanas, que deveriam ficar em torno de 20%, devem chegar a 25%, resultando em mais inflação e possíveis riscos de estagflação.
Ele comentou sobre a pressão sobre o Federal Reserve, que terá que escolher entre apoiar empregos ou combater a inflação. A dinâmica econômica global poderá ser negativa para todos, mesmo para os EUA.
Caffet também falou sobre o impacto das tarifas no comércio global, principalmente para economias de baixa renda como Vietnã e Camboja, e destacou os riscos para a China se seu modelo econômico não for reequilibrado.
Embora não veja um fim imediato para a turbulência geopolítica, ele acredita que a América Latina pode obter uma vantagem comparativa com tarifas mais baixas em relação a outros mercados.
- Aumento das tarifas surpreendeu negativamente; espera-se que cheguem a 25%.
- Inflação poderá inibir consumo, potencializando risco de estagflação.
- Federal Reserve enfrenta dilema entre emprego e inflação.
- China precisa reequilibrar seu modelo econômico para evitar pressões deflacionárias.
- América Latina pode se beneficiar no comércio em relação a países como China e Europa.