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Tarifas dos EUA e juros derrubam confiança empresarial em julho, diz FGV

Queda na confiança empresarial é impulsionada por novas tarifas dos EUA e expectativas de desaceleração econômica. Economistas apontam que segmento industrial e agropecuário são os mais impactados pela situação atual.

Queda no Índice de Confiança Empresarial (ICE)

O ICE, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, recuou 0,8 ponto em julho, chegando a 91,3 pontos, influenciado por tarifas sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos.

Segundo o economista Aloisio Campelo, a queda se deve principalmente às expectativas.

  • Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E): caiu 0,4 ponto, para 93,6 pontos.
  • Índice de Expectativas Empresariais (IE-E): caiu 1,1 ponto, para 89,1 pontos — primeira vez abaixo de 90 pontos desde outubro de 2023.

Campelo observa um aumento na percepção de uma desaceleração econômica no segundo semestre, quando o impulso da agropecuária diminui.

A indústria foi a mais impactada pelas tarifas, com uma queda de 2 pontos no ICE, atingindo 94,8 pontos. Já as expectativas da indústria recuaram 4 pontos, para 92,5 pontos.

Ele destaca que as indústrias de transformação, extrativa mineral e o setor agropecuário estão entre os mais afetados.

Campelo também menciona os efeitos da Selic elevada, atualmente em 15% ao ano, que contribui para a queda da confiança:

  • O juro alto reduz a demanda, especialmente no comércio de bens duráveis.
  • Taxa de desemprego atinge mínima recorde de 5,8% no segundo trimestre, mas deve parar de cair.

Campelo não espera grande recuperação na confiança no segundo semestre, prevendo uma deterioração nos índices de situação atual.

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