Tarifas dos EUA devem impactar milhões de trabalhadores na China
Desaceleração da economia chinesa agrava a fragilidade do mercado de trabalho, com milhões de empregos ameaçados pelas tarifas de Trump. A falta de confiança empresarial e a queda nas contratações intensificam os desafios enfrentados pelo país para recuperar o crescimento.
Desaceleração da Economia Chinesa devido à guerra comercial com os EUA, iniciada por Donald Trump, compromete o mercado de trabalho local.
Tarifas de 145% sobre produtos chineses ameaçam o acesso da China ao maior mercado do mundo.
O Goldman Sachs estima que até 20 milhões de pessoas (3% da força de trabalho) podem ser afetadas.
A adoção de inteligência artificial e automação diminui a demanda por empregos, apesar de uma breve recuperação econômica nos EUA.
A quantidade de vagas de emprego caiu quase 30% nos últimos dois meses, segundo a QuantCube Technology.
Um índice de planos de contratação futura atingiu mínima em seis meses, segundo pesquisa da CKGSB.
“O estímulo do quarto trimestre ainda não se refletiu no mercado de trabalho”, afirmou Duncan Wrigley da Pantheon Macroeconomics.
Exportações sustentam cerca de 120 milhões de empregos na China, quase um quinto da força de trabalho total.
A fraqueza do mercado de trabalho é um obstáculo para a recuperação do consumo, prioridade da liderança chinesa.
Wang Xiaoping, ministra de Recursos Humanos, destacou pressão interna e externa sobre o emprego e meta de criar 12 milhões de empregos urbanos até 2025.
A confiança empresarial aumentou, mas o sentimento do consumidor ainda não se recuperou, conforme dados da Morning Consult Intelligence.
Economistas do Goldman preveem que as tarifas altas, queda nas exportações e desaceleração global gerarão pressões substanciais sobre a economia chinesa.