Tarifas devem acelerar M&As na siderurgia brasileira, segundo Alvarez & Marsal
Com tarifas de 50% sobre produtos siderúrgicos brasileiros, setor se adapta com fusões e aquisições. A estratégia visa garantir resiliência e diversificação frente ao cenário tarifário imposto pelos EUA.
Governo Trump mantém tarifas de 50% sobre produtos siderúrgicos brasileiros.
Estudo da A&M aponta que empresas do setor buscarão diversificação por meio de fusões e aquisições (M&A).
A tarifa de 50%, em vigor a partir de 1º de agosto, poderá causar efeitos semelhantes aos de 2018, quando a tarifa de 25% levou a retração nas exportações e foco no mercado doméstico.
Naquela época, Brasil e EUA negociaram uma cota de exportação sem a tarifa, mas atualmente, as negociações não avançaram.
Carla Zaiden, da A&M, afirma que o “tarifaço” levará a um movimento de diversificação, afirmando que o Brasil já mudou seu perfil de exportação de aço.
Entre 2018 e 2024, aconteceram 28 transações no setor, totalizando US$ 4,8 bilhões, com foco em ganho de participação de mercado e diversificação.
Exemplos de diversificação incluem aquisições em construção civil e energias renováveis.
A compra da LafargeHolcim pela CSN é um exemplo de sucesso, melhorando margens Ebitda da siderurgia.
Os riscos da diversificação existem, pois as empresas podem não investir em sua cadeia de valor principal.
O futuro do setor depende de como os novos M&As ocorrerão diante do cenário tarifário.
A análise sugere que em 2025 pode haver uma nova rodada de M&As, focando em eficiência, inovação e integração de cadeias.