Tarifas de Trump vão ferir o livre comércio, mas golpe pode não ser fatal

Dia da Libertação de Trump: O presidente anunciou tarifas abrangentes, ecoando o Brexit, onde o Reino Unido deixou a União Europeia.

As tarifas de Trump representam um ataque à ordem econômica global, semelhante à saída do Reino Unido do bloco europeu. Seu impacto é incerto, podendo ser revertido devido a mercados em baixa.

Especialistas afirmam que, apesar das dificuldades, a ascensão do livre comércio é irreversível. Muitos países buscarão manter laços comerciais, mesmo sem os EUA no centro.

A União Europeia não desmoronou após o Brexit e agora discute como se aproximar de seus vizinhos. Preveem-se turbulências no comércio global após as tarifas de Trump.

Segundo Eswar S. Prasad, professor da Universidade Cornell, este é um recuo do livre comércio irrestrito, levando os países a agir individualmente. Isso pode resultar em um cenário caótico e arriscado nas relações internacionais.

A China já respondeu com tarifas de 34% às tarifas de Trump, enquanto a União Europeia alerta exportadores a não inundar o mercado americano com produtos baratos.

O ex-presidente Barack Obama e o atual presidente Joe Biden também impuseram tarifas à China, percebendo a competição comercial como uma ameaça à economia americana.

A Organização Mundial do Comércio estimou que as políticas de Trump poderão reduzir o comércio global em 1% até 2025. Estudos sugerem que as tarifas poderiam acelerar integrações comerciais entre outros países, embora a natureza das cadeias globais de suprimentos torne a autarquia praticamente impossível.

Finalmente, muitos economistas preveem que países ao redor do mundo buscarão acordos de livre comércio sem a participação dos EUA, solidificando um novo paradigma no comércio global.