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Tarifas de Trump refletem transição geopolítica maior

A imprevisibilidade nas decisões tarifárias de Donald Trump reflete não apenas seu estilo controverso, mas também um cenário geopolítico em transformação. A crescente influência da China e as falências das alianças ocidentais desafiam a estabilidade do sistema global.

Donald Trump tem um caráter mercurial em seu processo decisório, tornando difícil prever suas ações em relação à guerra tarifária.

Ele pode decidir congelar medidas para pressionar países específicos, um reflexo de seu estilo negociador, ou seguir seu messianismo e não considerar cálculos para suas tarifas. Isso levanta a questão: Trump é um agente do caos que erode a democracia americana, mesmo que isso lhe custe apoio?

Independentemente do cenário, o contexto geopolítico mudou. A ordem global que conhecíamos está em transição, da era dos EUA após a Guerra Fria para uma nova realidade.

Durante o século 20, os EUA se consolidaram como a principal potência, criando uma rede comercial de apoio entre aliados. Com o fim da União Soviética, o poder americano aumentou, enquanto a China começou a se destacar como rival.

Eventos recentes, como o Brexit e a pandemia de Covid-19, complicaram ainda mais a situação. O fracasso de Putin na Ucrânia revelou os limites do ressurgimento russo e abriu espaço para o desengajamento proposto por Trump.

Seu tarifaço desorganiza um tabuleiro já revirado, ressaltando a instabilidade enquanto novas regras estão em formação. Trump enfrenta um problema: falta um plano coerente, como demonstrado em sua política do Oriente Médio, gerando riscos e incertezas.

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