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'Tarifas de Trump podem reduzir inflação no Brasil e ajudar Lula nas eleições', diz Samuel Pessôa

Lula deve evitar retaliações às tarifas de Trump para beneficiar a inflação e melhorar seu cenário eleitoral. Economista aponta que a desinflação a médio prazo pode ajudar o presidente na corrida rumo a 2026.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem incentivos para não retaliar tarifas de Donald Trump, visando uma inflação mais baixa no Brasil, diz o economista Samuel Pessôa, do BTG Pactual e da FGV Ibre.

Pessôa afirma que não retaliar pode resultar em uma desinflação a médio prazo e que retaliações poderiam ser contraproducentes, dado o baixo poder de barganha do Brasil.

O economista projeta um crescimento de 2% este ano e 1,5% no próximo, mesmo com as tarifas de Trump. Ele acredita que isso não deve impactar negativamente o mercado de trabalho.

Para Pessôa, o governo deve oferecer apoio financeiro aos setores mais afetados pelas tarifas, mas o programa deve incluir regras claras de término para evitar que se torne um "direito adquirido".

Ele discorda da ideia de que o Brasil deva retaliar fortemente Trump, considerando o impacto negativo disso e a influência limitada do país no cenário internacional.

Pessôa vê a possibilidade de um acordo com setor privado americano para contestar as tarifas. Apesar das dificuldades, acredita que a economia brasileira estará em uma posição favorável nas eleições de 2026, mesmo com os desafios políticos atuais.

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