Tarifas de Trump afetam 'índice Big Mac'; Brasil é 31º no ranking
Trump intensifica tarifas de importação para corrigir superávits comerciais percebidos, enquanto a desvalorização das moedas estrangeiras desafia suas expectativas. A proposta poderá aumentar os custos para os consumidores americanos e complicar ainda mais a competitividade do dólar.
Aumento das tarifas de importação nos EUA está em pauta. Em 1º de agosto, impostos afetarão mais de 20 países e a União Europeia, a menos que acordos sejam feitos.
Em 14 de julho, o presidente Donald Trump anunciou "tarifas secundárias" de 100% sobre países que negociam com a Rússia, se não houver acordo de paz com a Ucrânia em 50 dias. Apesar das ameaças, observa-se um aumento na taxa tarifária efetiva média, que subiu de 2,5% para 17% desde o ano passado.
Trump alega que países estão explorando os EUA, mantendo superávits comerciais e manipulando suas moedas. Para avaliar estas distorções, a The Economist utiliza o índice Big Mac, que compara o preço do hambúrguer em diferentes países.
Por exemplo, um Big Mac custa 78 dólares taiwaneses e US$ 6,01 nos EUA, sugerindo que o dólar taiwanês está 56% desvalorizado em relação ao dólar americano. Outras moedas, como a rupia indiana e indonésia, apresentam desvalorizações semelhantes.
Embora o dólar americano tenha caído 10% em relação a outras moedas, o preço do Big Mac nos EUA aumentou de US$ 5,79 para US$ 6,01. Os preços mantiveram-se estáveis nos países asiáticos monitorados pelo Tesouro, resultando em uma perda de poder de compra.
Consequentemente, os americanos enfrentam taxas mais altas e uma moeda mais fraca ao comprar importações, refletindo-se nos preços ao consumidor, que subiram 2,7% até junho.
Países monitorados pelo Departamento do Tesouro dos EUA: Alemanha, Irlanda, Suíça, China, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã. Embora algumas moedas tenham se valorizado, a maioria permanece desvalorizada, exacerbando a situação econômica dos EUA.