Tarifas de 50% sobre aço e alumínio entram em vigor nos EUA; entenda os impactos para o Brasil
Trump aumenta tarifas sobre aço e alumínio, impactando o comércio internacional. Medida visa proteger a indústria americana, mas afeta significativamente as exportações do Brasil.
Trump dobra tarifas sobre aço e alumínio nos EUA
O presidente Donald Trump aumentou tarifas sobre importações de aço e alumínio nos EUA, de 25% para 50%, com início em 4 de julho. A medida impacta especialmente o Brasil, que é o segundo maior fornecedor desses produtos para os EUA.
O objetivo das tarifas é garantir a segurança nacional. Apenas o Reino Unido mantém tarifas de 25%, devido a um acordo comercial recente.
Trump justificou a ação como parte de um esforço para "proteger ainda mais a indústria siderúrgica americana", prometendo benefícios para os trabalhadores do setor. A medida busca fortalecer negociações comerciais mais vantajosas com países afetados.
As tarifas de 25% estavam em vigor desde 12 de março e já haviam impactado diretamente parceiros comerciais como Canadá e México. Especialistas preveem uma redução nas exportações brasileiras e um redirecionamento das vendas, com possíveis cortes de empregos no setor.
O Instituto Aço Brasil, que representa siderúrgicas brasileiras, não se pronunciou até o momento. Contudo, especialistas alertam que empresas focadas no mercado externo serão mais afetadas, enquanto as com foco interno encaram novos desafios.
O Brasil exportou 4,1 milhões de toneladas de aço para os EUA em 2024, atrás apenas do Canadá. Cerca de 25% do aço e 50% do alumínio utilizados nas indústrias dos EUA são importados. A medida de Trump representa uma nova fase para as tarifas de importação, que já haviam sido aplicadas em 2018 e suspensas posteriormente.
Histórico de tarifas:
- Em 2018, tarifas de 25% para aço e 10% para alumínio foram impostas.
- Exceções para Canadá e México, com esquema de cotas para o Brasil.
- Redução das cotas de exportação brasileira em 2020.
- Revogação das tarifas sob o governo de Joe Biden.