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Tarifas de 50% podem reduzir ainda mais o preço do aço brasileiro que chega aos EUA

Aumento significativo nas tarifas de aço e alumínio dos EUA pressiona siderúrgicas brasileiras a reduzirem preços para se manter competitivas. Especialistas alertam que essa medida pode levar a impactos negativos no fornecimento de aço nos Estados Unidos e na produção das siderúrgicas no Brasil.

Aumento das tarifas dos EUA sobre aço e alumínio afeta siderúrgicas brasileiras.

Um decreto de Donald Trump, em vigor desde 4 de outubro, fixa tarifas em 50%, o dobro das anteriores de 25%.

Com tarifas de 25%, a ArcelorMittal Brasil teve que vender placas de aço 5% a 7% mais barato para competir no mercado americano.

Antes, o Brasil enviava 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado para os EUA sem tarifas, mas agora, qualquer quantidade é taxada.

O produto semiacabado representa 87% do aço brasileiro consumido nos EUA. Os maiores exportadores são ArcelorMittal e Ternium.

Queda de até 20% no preço da placa de aço exportada pelo Brasil foi registrada, porém, com tarifas altas, o valor para os americanos permanece elevado.

A importação brasileira variou de 381 mil toneladas em fevereiro para 268 mil toneladas em maio, considerando licenças de importação.

Siderúrgicas americanas dependem do aço semiacabado brasileiro, o que aumenta o poder de negociação das siderúrgicas no Brasil, que podem afetar a produção no caso de inviabilidade de compra.

Especialistas afirmam que tarifas podem gerar efeitos inflacionários e perda de competitividade nos EUA, já que o país importa cerca de 25% do aço que consome.

Se a compra das placas tornar-se inviável, as siderúrgicas brasileiras poderão ser severamente afetadas.

O governo brasileiro busca negociar cotas de exportação com os EUA, argumentando que a redução de importações prejudicará o mercado americano.

Além disso, o Reino Unido não tem capacidade produtiva suficiente para suprir a demanda dos EUA no curto prazo.

O governo também observa uma queda considerável nas vendas de aço acabado para os EUA, refletindo o estoque disponível no mercado americano.

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