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Tarifaço tira estrangeiro da B3, que deve ter pior julho em 4 anos: maré pode virar?

A imposição de tarifas de 50% por Donald Trump gera incertezas e provoca fuga de investidores da Bolsa brasileira, acumulando perdas significativas. Especialistas alertam para o impacto inflacionário e a possibilidade de um cenário econômico restritivo por mais tempo.

Investidores estrangeiros retiram dinheiro da Bolsa brasileira após o anúncio de Donald Trump de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, iniciado em 9 de julho. O Brasil se tornará o país com a maior tarifa entre os afetados, se não houver acordo até 1º de agosto.

Até 17 de julho, houve oito sessões consecutivas de saída de recursos, totalizando R$ 6,372 bilhões. O mês pode ser o pior julho desde 2021, já que o acumulado ultrapassa R$ 5 bilhões negativos.

A questão tarifária é vista como politizada, o que pode dificultar negociações e impactar a política monetária brasileira. A tarifa elevada também gera incertezas sobre o futuro fiscal do Brasil e pode afetar a inflação.

O economista-chefe do banco BV, Roberto Padovani, destaca que a Selic em 15% reduz o apetite por investimentos na Bolsa, principalmente em empresas endividadas. Apesar do fluxo positivo de R$ 26,4 bilhões no primeiro semestre, incertezas geradas por questões políticas e econômicas aumentam a cautela dos investidores.

O Bradesco BBI considera que as ações brasileiras são as mais baratas globalmente e mantém o Brasil como principal escolha na América Latina, prevendo um novo rali no Ibovespa no segundo semestre de 2025.

Os gatilhos para a volta de investidores incluem as eleições de 2026 e um possível acordo tarifário entre Brasil e EUA, segundo especialistas como William Castro Alves e Eduardo Carlier.

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