Tarifaço sobre setor elétrico e eletrônico requer medidas de compensação, diz Abinee
Abinee pede ao governo brasileiro a continuidade das negociações com os EUA para reverter tarifas sobre equipamentos elétricos. A associação destaca a necessidade de medidas compensatórias para mitigar os impactos do tarifaço nas exportações do setor eletroeletrônico.
Abinee alerta sobre exclusão de equipamentos elétricos das exceções do tarifaço dos EUA
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) destacou, em comunicado, que a exclusão de equipamentos elétricos da lista de exceções requer continuidade de negociações do governo brasileiro com os EUA.
Os produtos que enfrentam tarifas de 50% incluem transformadores, componentes de eletrônica embarcada e motores. O presidente da Abinee, Humberto Barbato, afirmou que é essencial incluir esses produtos na lista.
O tarifaço pode levar à perda de competitividade e a uma queda nas exportações, que tiveram os EUA como principal destino, com 29% do total exportado no primeiro semestre de 2023.
Na quinta-feira (24), a Abinee enviou propostas ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao governador Tarcísio de Freitas, incluindo:
- Aumento temporário da alíquota do Reintegra;
- Suspensão da tributação sobre insumos para exportação;
- Liberação de crédito presumido do IPI e impostos PIS/Cofins;
- Abertura de linhas de financiamento emergencial via BNDES e Finep;
- Desoneração temporária da folha de pagamento;
- Ajustes no preço de transferência e repasse de valores de fundos públicos;
- Aceleração da devolução de saldos credores de ICMS.
As propostas também incluem flexibilização dos regimes especiais de ICMS e criação de um regime de suspensão simplificado do ICMS.