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Tarifaço não causará grandes impactos ao país, diz diretor do Brasil no FMI

Roncaglia destaca que a baixa exposição do Brasil à economia dos EUA minimiza os impactos das tarifas, mas setores como aço e agronegócio podem ser afetados. O Brasil se prepara para possíveis contramedidas e busca novos acordos comerciais para enfrentar os desafios.

André Roncaglia, diretor do Brasil no FMI, disse que o país não deverá sentir grandes efeitos econômicos em 2025 se as tarifas de Donald Trump forem implementadas. A declaração ocorreu em entrevista ao UOL News em 17.jul.2025.

Roncaglia ressaltou que o cronograma de implementação limita o impacto das medidas. “Se as tarifas de Trump entrarem em vigor, será em agosto e já estamos falando do final do ano.” Ele destacou a baixa exposição do Brasil à economia dos EUA como fator mitigador.

Ao falar sobre os setores afetados, o diretor mencionou: “O Brasil tem capacidade de criar acordos comerciais, mas alguns setores vão sofrer, como a produção de aço e alumínio. O agronegócio também será impactado, especialmente laranja e etanol.”

Roncaglia ainda alertou que os impactos das tarifas podem se manifestar com maior intensidade em 2026, mas vê 2025 como uma oportunidade para o Brasil buscar novos caminhos. “O ano que vem permitirá acomodar esse choque,” afirmou.

O Brasil enfrenta a decisão de Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Em resposta, o governo brasileiro regulamentou a Lei da Reciprocidade, que permite ações em defesa da competitividade nacional.

O decreto cria o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, presidido pelo ministro do Mdic, Geraldo Alckmin. O comitê contará com representantes da Casa Civil, Fazenda e Relações Exteriores.

A regulamentação permite suspender “concessões comerciais, investimentos e obrigações de propriedade intelectual em resposta a ações unilaterais que afetem a competitividade internacional.”

As contramedidas podem ser provisórias ou ordinárias, dependendo da análise do comitê interministerial.

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