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Tarifaço na vida real: como o governo pretende ajudar empresas prejudicadas a manter empregos

Governo avalia medidas para proteger empregos em resposta ao tarifaço dos EUA. Entre as opções, destaca-se um programa semelhante ao BEm da pandemia e linhas de crédito para pequenas empresas exportadoras.

Governo Lula prioriza preservação de empregos diante do tarifaço dos EUA sobre produtos importados do Brasil. Caso a sobretaxa de 50% se concretize na sexta-feira, um programa de manutenção de empregos similar ao da pandemia pode ser implementado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que medidas para proteger vagas de trabalho estão sendo avaliadas, mas a decisão final cabe ao presidente Lula. O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) da pandemia poderia ser reeditado, impactando as finanças do governo.

Lula pode perder popularidade se a sobretaxa resultar em desemprego, e seu governo busca garantir que os efeitos negativos sejam minimizados. A ideia é reforçar a narrativa de que o presidente defende a soberania brasileira.

Linhas de crédito emergenciais estão sendo estudadas, com juros baixos, para apoiar empresas impactadas, principalmente pequenas. Haddad ressaltou a urgência de algumas ações a partir do dia 1º, data de início das tarifas.

Estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram a dependência econômica de Estados como Ceará, Espírito Santo e Paraíba em relação aos EUA. São Paulo deve ter o maior prejuízo, seguido de outros estados.

O ministro Rui Costa afirma que é possível realocar as exportações brasileiras para novos mercados. O presidente da Câmara, Hugo Motta, criticou as medidas unilaterais dos EUA, defendendo a Lei de Reciprocidade Econômica do Brasil.

A ministra Gleisi Hoffmann apontou que ações dos EUA têm motivação política, referindo-se a sanções injustificáveis. A ministra pediu um compromisso para responder à pressão comercial americana.

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