Tarifaço: Indústria do pescado do Nordeste estuda negociar suspensão de contratos de trabalho
Indústria do pescado enfrenta crise severa após tarifas impostas pelos EUA, que afetam 70% das exportações brasileiras. Produtores buscam alternativas para mitigar os impactos, incluindo negociações para a suspensão de contratos de trabalho.
Indústria do Pescado brasileira enfrenta crise devido à perda do mercado dos EUA, que representa 70% das exportações de peixes do Brasil.
Exportadores do Nordeste já paralisaram barcos e estudam suspensão de contratos de trabalho. Arimar França Filho, da Produmar, destaca que a indústria, embora pequena em faturamento, emprega muita gente.
A pesca oceânica no Rio Grande do Norte gera 1.500 empregos diretos e a Abipesca estima que mais de 1 milhão de empregos podem ser afetados.
Nos EUA, 97% das vendas de peixe de aquicultura e 58% dos pescados se destinam ao mercado americano. Problemas sanitários suspenderam as vendas para a Europa desde 2017, dificultando a diversificação de mercados.
No Ceará, as indústrias estão retirando barcos do mar, com 40% da receita da Mares Pescado vindo dos EUA. Cedendo à pressão do tarifaço, o impacto na receita será significativo.
Thiago de Aragão, da Arko Advice, ressalta que pequenos e médios produtores são os mais prejudicados pela falta de capacidade de lobby nas negociações.
Medidas emergenciais, como linhas de crédito, são sugeridas pela Abipesca para evitar falências. Eduardo Lobo acredita que a interrupção das exportações pode levar a pedidos de recuperação judicial.
França pede um oxigênio financeiro para enfrentar a crise atual, destacando a necessidade de apoio ao setor.