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Tarifaço impõe perdas bilionárias a Estados do Brasil, diz CNI

Perdas bilionárias provocadas pelo tarifaço dos EUA podem afetar drasticamente a economia de vários estados brasileiros, especialmente no Sudeste e Sul. A CNI alerta para uma redução significativa na competitividade e uma possível onda de demissões no setor produtivo.

Tarifaço dos EUA contra produtos brasileiros deve gerar perdas bilionárias em pelo menos 6 Estados, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Aumento das tarifas, a partir de 1º de agosto, pode resultar em prejuízos superiores a R$ 19 bilhões no Brasil, com impacto desigual entre os estados.

São Paulo será o mais afetado, com perda de R$ 4,4 bilhões, previsão de queda de 0,13% no PIB, enquanto o governador Tarcísio de Freitas estima uma retração de até 2,7%.

Em 2024, São Paulo exportou US$ 13,6 bilhões para os EUA, representando 19% das exportações do estado, principalmente na indústria de transformação.

Os Estados do Sul e Sudeste enfrentarão os maiores prejuízos:

  • Rio Grande do Sul: R$ 1,9 bilhão
  • Paraná: R$ 1,91 bilhão
  • Santa Catarina: R$ 1,7 bilhão
  • Minas Gerais: R$ 1,66 bilhão

O impacto econômico varia conforme o tamanho da economia local e o volume exportado para os EUA.

Estados com alta dependência do comércio com os EUA, como Ceará e Espírito Santo, terão perdas menores, de R$ 101 milhões a R$ 605 milhões.

Na região Norte, Amazonas e Pará também sofrerão perdas significativas, enquanto o Centro-Oeste somará prejuízos acima de R$ 1,9 bilhão.

No Nordeste, as perdas serão menores, mas ainda consideráveis: R$ 404 milhões na Bahia e R$ 377 milhões em Pernambuco.

As tarifas adicionais de 50% afetam principalmente produtos industrializados, que representam 78,2% das exportações brasileiras para os EUA.

O governo brasileiro busca negociar; CNI e lideranças alertam para efeitos em cadeia, como perda de competitividade, demissões e pressão nos preços internos.

“Os impactos são muito preocupantes”, afirma Ricardo Alban, presidente da CNI. Ele destaca que o aumento prejudica setores produtivos e a competitividade das exportações brasileiras.

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