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Tarifaço faz Anfavea temer revisão de investimentos no Brasil e maior concorrência

Tarifas de importação dos EUA devem redirecionar investimentos automotivos para o país, impactando o Brasil e fortalecendo a concorrência do México. A Anfavea alerta para possíveis desajustes nas trocas comerciais e a necessidade de eventuais medidas de proteção à indústria local.

Tarifas de importação de 25% impostas por Donald Trump ao setor automotivo vão impactar a cadeia global e os investimentos no Brasil.

Embora o Brasil não exporte muitos veículos para os EUA, espera-se que as montadoras desloquem investimentos para os EUA devido à nova política tarifária.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) alertou sobre um aumento na entrada de carros importados de países como México, Canadá e Coreia do Sul, os quais têm livre comércio com o Brasil.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, expressou preocupação com o México, que teve vendas de 3,2 milhões de veículos para os EUA no último ano. Ele destacou que o setor de autopeças também será impactado por conta da importância dos EUA no comércio.

A Anfavea acredita que investimentos no Brasil podem ser revistos, e um desbalanceamento nas trocas comerciais pode levar à necessidade de elevar tarifas e criar cotas para proteger a indústria local.

Márcio de Lima Leite elogiou a diplomacia brasileira com os EUA, ressaltando a importância de um tratamento justo para os investimentos brasileiros.

Estima-se que a política tarifária de Trump resultará em uma queda no mercado americano de 1 milhão de veículos e um aumento de preços entre US$ 3 mil e US$ 12 mil, além de inflação elevada e redução do emprego e produção.

A Anfavea também prevê um atraso na transição para veículos eletrificados, com deslocamento de investimentos para os EUA, gerando capacidade ociosa em outros países, especialmente no México.

Na América Latina, o mercado enfrentará mais concorrência de produtos mexicanos, tanto de veículos quanto de peças.

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