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Tarifaço: Empresas recorrem a lobistas e advogados para buscar caminhos frente à ameaça de Trump

Com as novas tarifas impostas por Trump, empresas brasileiras buscam estratégias para se posicionar no cenário de incerteza. A pressão por negociações eficazes aumenta enquanto o acesso ao governo dos EUA se torna cada vez mais competitivo.

Demanda por serviços de consultoria aumenta devido a tarifas de Trump.

Após Donald Trump assumir seu segundo mandato, a Arko International Public Affairs percebeu um aumento na procura de empresas brasileiras, especialmente após Trump anunciar uma taxa de 50% nas exportações brasileiras.

O diretor de estratégia da Arko, Thiago de Aragão, afirmou que é mais difícil dialogar com congressistas nos EUA, onde a comunicação se dá por suas equipes.

A Arko tem experiência em negociações com o México, onde a coordenação foi mais eficiente do que no Brasil. Segundo Aragão, isso permitiu um aprendizado rápido em negociações.

No Brasil, os setores se organizam de diversas maneiras, com escritórios de lobby e consultorias como a Eurasia focando em transformações geopolíticas.

Escritórios de lobby, como os de Brian Ballard e Corey Lewandowski, estão em alta, conquistando novos clientes rápido. Empresas também buscam entender suas opções legais diante das tarifas.

Aragão observa que Trump utiliza questões como a tensão entre Bolsonaro e o STF como um “gancho” para as negociações. As relações Brasil-EUA estão sendo observadas com atenção, dada a crescente influência chinesa.

Garman destaca que a abordagem de Trump pode exigir que empresas brasileiras se mobilizem mais ativamente em Washington, adaptando suas estratégias.

Os consultores acreditam que acordos são possíveis, mas a estratégia de negociação deve ser bem elaborada, uma vez que os EUA são um mercado crucial.

A Arko está sendo contratada para desenvolver departamentos de geopolítica e expandir essa estrutura no Brasil, o que indica uma mudança no modo como empresas brasileiras se situam em relação ao governo dos EUA.

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