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Tarifaço: empresas atingidas fazem contas e correm para embarcar produtos para os EUA

Empresas brasileiras enfrentam incertezas com sobretaxa de 40% dos EUA. Setores como moveleiro e agroindustrial buscam alternativas enquanto aguardam negociações.

Incertezas Comerciais Afetam Empresas Brasileiras

As 9,5 mil empresas brasileiras que exportam para os EUA enfrentam desafios devido à sobretaxa de 40% imposta pelo presidente Donald Trump. A situação se agravou após uma carta de Trump há três semanas.

A Novus, fabricante de equipamentos eletrônicos, reagiu rapidamente, enviando oito embarques aéreos para garantir produtos a preços competitivos, protegendo-se da sobretaxa. Contudo, a maioria de suas vendas nos EUA pode não se beneficiar da isenção.

A fabricante de móveis Temasa está criticamente impactada: 45% de sua produção é destinada aos EUA, agora sujeita a 50% de tarifas. A produção foi suspensa, e a incerteza reina no setor.

A cadeia produtiva do mobiliário, que inclui 1,1 milhão de empregos, pode sofrer com demissões. O presidente da Abimóvel solicita apoio do governo, incluindo linhas de crédito.

Entre os produtos afetados, carnes e pescados também sentirão o impacto. O setor de peixes considera a possibilidade de novas negociações, enquanto a indústria de frutas, como a Lina Frutas, prevê queda de 30% no faturamento devido à sobretaxa.

O panorama é sombrio, com empresas redirecionando embarques para outros mercados, mas a dependência do mercado americano continua a ser um desafio central para a economia brasileira.

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