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Tarifaço: empresários falam em ‘fim dos dias’ e que fabricar nos EUA é ‘piada’

Tarifas elevadas impostas por Trump provocam colapso na indústria de brinquedos educativos, com empresas lutando para se adaptar a custos insuportáveis. CEO da Learning Resources destaca a inviabilidade econômica da produção na China, colocando em risco milhares de empregos.

Rick Woldenberg, CEO da Learning Resources, enfrenta dificuldades devido às altas tarifas de importação dos EUA sobre a China. Ele inicialmente se preparou para tarefas de 40%, mas as tarifas rapidamente subiram para 145%.

As estimativas de Woldenberg indicam que as tarifas aumentarão os custos da empresa de US$ 2,3 milhões no ano passado para US$ 100 milhões em 2025, o que ele considera catastrófico.

Ainda que empresas americanas tenham dependido de fábricas chinesas por décadas, as tensões mútuas causaram mudanças nas cadeias de suprimentos. 97% dos carrinhos de bebê e 90% dos pentes importados pelos EUA vêm da China, conforme relatórios do banco de investimentos Macquarie.

As tarifas impostas por Trump visam trazer produção de volta aos EUA, mas têm gerado incertezas e aumentos nos preços. A pesquisa da Universidade de Michigan mostrou que os americanos esperam uma inflação de 4,4% ao longo do tempo.

Isaac Larian, da MGA Entertainment, prevê que os preços de brinquedos como Bratz e L.O.L. podem dobrar, enquanto Marc Rosenberg, da The Edge Desk, adiou a produção de cadeiras devido às tarifas.

A Learning Resources, com 90% de seu trabalho nos EUA, percebe que 60% de sua produção na China se tornou inviável. Woldenberg critica as promessas de Trump para reviver a fabricação americana, afirmando que não encontra os fornecedores necessários nos EUA.

Ele revela que a empresa possui 10 mil moldes na China, e retirar-se desse mercado é um processo complicado: “Não existe um polo industrial ocioso esperando eu aparecer.”

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