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Tarifaço é pouco relevante para o Brasil, diz ex-secretário de Política Econômica

Especialista minimiza impacto da nova tarifa de 50% para exportações do Brasil aos EUA. Kanczuk alerta que setores específicos sentirão os efeitos, mas que o efeito conjunto na economia será quase nulo.

Em uma semana, tarifa de 50% sobre exportações brasileiras para os EUA entrará em vigor, com início previsto para 1º de agosto.

O diretor de Macroeconomia do ASA, Fabio Kanczuk, considera o impacto na economia brasileira como “pouco relevante”, podendo reduzir as exportações em cerca de 0,4% do PIB.

Apesar disso, alguns setores serão mais afetados como sucos de laranja, café, carne e aviação. Uma solução seria negociar tarifas setoriais ou buscar isenção fiscal.

Kanczuk ressalta que a quantidade que o Brasil exporta para os EUA é pequena, e a situação é apenas chata, não alarmante.

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil revelou que 33,7% do comércio entre Brasil e EUA em 2024 foi realizado entre empresas do mesmo grupo econômico.

Kanczuk acredita que é pouco provável que o Brasil consiga negociar a redução das tarifas, dada a dificuldade das relações com os EUA.

A implementação das tarifas pode aumentar o transhipping, onde exportações são redirecionadas sem rastreamento de origem, tornando o controle difícil.

Embora o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha prometido combater essa prática, Kanczuk aponta que, na prática, é complicado controlar.

Negociações diplomáticas entre Brasil e EUA não avançaram desde o mês passado, e uma contraproposta brasileira de maio permaneceu sem resposta.

EUA estão buscando uma nova justificativa legal para aplicar a tarifa, possivelmente uma declaração de emergência.

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