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‘Tarifaço’ é novo desafio para o consumo interno da China, que patina há duas décadas; entenda

A escalada das tarifas entre EUA e China agrava a crise do consumo interno chinês, impactando o crescimento econômico do país. Especialistas destacam que a medida pode levar a uma redução na renda dos trabalhadores e aumentar a competição com produtos chineses em mercados como o Brasil.

Guerra Tarifária EUA-China: Nova escalada com tarifas de 145% sobre produtos chineses e resposta com taxas de 84%.

A guerra tarifária representa um obstáculo ao consumo interno da China, que busca fortalecer sua economia e reduzir a dependência de exportações.

A política de consumo interno da China começou em 2007, visando incentivar a população a consumir mais. Apesar dos esforços, o consumo doméstico ainda representa menos de 40% do PIB, 20 p.p. abaixo da média global.

Medidas Recentes: Em março, a China anunciou um plano para aquecer o consumo, incluindo:

  • Aumento da renda das famílias
  • Subsídio para cuidados infantis
  • Promoção de emprego flexível
  • Expansão do turismo

Essas ações buscam mitigar os efeitos da pandemia e da crise imobiliária.

Impacto do 'Tarifaço': Especialistas alertam que as novas tarifas podem prejudicar o consumo na China. Com menos vendas, as empresas podem reduzir salários e a renda disponível dos consumidores.

José Luiz Pimenta, da BMJ Consultoria, afirma que a China busca fortalecer a classe média e o consumo interno em um mercado de mais de um bilhão de pessoas.

Produção Excedente: A China pode redirecionar produtos para outros mercados, incluindo o Brasil, aumentando a preocupação da indústria brasileira que deverá baixar preços para competir.

O ambiente de guerra comercial pode trazer preços mais baixos aos consumidores, mas preocupa a sustentabilidade da indústria local e postos de trabalho.

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