Tarifaço de Trump varre IPOs de Wall Street e frustra emissoras do Brasil
Tarifas de Trump geram incertezas e atrasam IPOs em várias partes do mundo. Empresas brasileiras também reavaliam planos de abertura de capital diante da volatilidade do mercado.
Volatilidade das tarifas de Trump afeta IPOs
A forte volatilidade gerada pelas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, frustrou as expectativas de recuperação do mercado de ofertas iniciais de ações (IPOs) em 2025. Companhias brasileiras monitoravam a possibilidade de abrir capital em Nova York, mas desde o anúncio do tarifaço, em 2 de abril, ao menos sete IPOs foram adiados ou cancelados nos EUA.
Entre as empresas afetadas estão:
- Klarna - fintech sueca adiou seu IPO,
- eToro - fintech israelense que suspendendeu abertura de capital,
- Medline - empresa de produtos cirúrgicos adiou por tempo indeterminado,
- StubHub - suspendeu sua oferta devido à instabilidade do mercado.
Ainda há empresas como Hinge Health e Circle considerando adiar IPOs. O The Wall Street Journal reportou que a Chime atrasou o envio de documentos para a SEC.
Fora dos EUA, o tarifaço também afetou o Reino Unido, com o IPO de Shawbrook Bank postergado e a sueca Nodica Group adiando planos de listagem na Nasdaq em Estocolmo.
No Brasil, o mercado de IPOs está fechado desde 2021, e empresas locais consideravam abrir capital em Nova York. Contudo, um executivo de banco estrangeiro informou que, no momento, o mercado permanece fechado, em meio a incertezas relacionadas às tarifas.
Rumores de uma pausa nas tarifas de Trump geraram alta temporária de US$ 4 trilhões no S&P 500, mas a notícia foi desmentida pela Casa Branca.
O CEO da BlackRock, Larry Fink, indicou cautela quanto ao cenário econômico dos EUA, prevendo inflação maior e sugerindo que empresas adiavam seus IPOs.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ em 07/04/2025, às 16:54.