Tarifaço de Trump: quem se deu bem e quem se deu mal entre as exceções da taxa de 50%
Setores estratégicos como o aeronáutico e o energético conseguiram escapar da nova tarifa, enquanto produtos como café e carne bovina sofrerão impacto significativo. A medida, que entra em vigor em 6 de agosto, pode afetar a balança comercial do Brasil, dado que os EUA são um dos principais destinos das exportações brasileiras.
Ordem Executiva de Trump impõe tarifa ao Brasil
A ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump elevou a alíquota sobre produtos brasileiros de 10% para 50%, a partir de 6 de agosto.
Enquanto alguns setores foram isentos, como aeronáutico, automotivo e energia, produtos como café, carne bovina e frutas sofrerão impacto significativo.
Setores isentos:
- Aeronáutico: Isenção para aeronaves, peças e simuladores.
- Automotivo: Veículos de passageiros e caminhões.
- Energia: Carvão, gás natural e petróleo.
- Agronegócio: Parte dos produtos, como suco de laranja.
- Mineração: Silício, alumina, e outros metais.
- Eletrônicos: Como smartphones e antenas.
Setores afetados:
- Café: Exportações de quase US$ 2 bilhões.
- Carne bovina: Receita de US$ 1,6 bi com 532 mil toneladas exportadas.
- Frutas: Aumento de custo afetará 36,8 mil t de manga e outras.
- Têxteis: Setor sem isenção ampla.
- Calçados: Tarifa integral.
- Móveis: Apenas móveis para aeronaves civis isentos.
A determinação é justificada por alegações de que o Brasil representa uma ameaça à segurança nacional e possui práticas que violam direitos humanos.
Além das tarifas, Trump cancelou vistos de membros do STF brasileiro, incluindo o ministro Alexandre de Moraes.
Conclusão: A nova tarifa pode impactar significativamente a balança comercial brasileira, especialmente considerando que os EUA são o segundo maior destino de exportações do Brasil, atrás da China.