‘Tarifaço’ de Trump passa a valer neste sábado; veja argumentos a favor e contra as tarifas recíprocas
Tarifas recíprocas impostas por Trump afetarão mais de 180 países e visam fortalecer a indústria americana. Especialistas apontam riscos de inflação e desaceleração econômica como consequências da medida.
Trump anuncia tarifas recíprocas
As novas tarifas de Donald Trump contra mais de 180 países entram em vigor neste sábado (5), incluindo alíquotas de 10% sobre todas as importações do Brasil.
O "tarifaço" afeta também:
- União Europeia: 20%
- China: 34%
- Coreia do Sul: 25%
- Japão: 24%
Anunciado em 2 de setembro, Trump afirmou que os EUA ficariam "livres" de produtos estrangeiros, descrevendo a medida como uma declaração de independência econômica.
Entretanto, especialistas alertam para efeitos negativos na economia global e dos EUA. Abaixo, os principais argumentos:
Argumentos a favor:
- Fortalecimento da indústria nacional: Aumentar a produção local e gerar empregos.
- Medida de barganha: Usar tarifas para negociações sobre segurança nas fronteiras.
- Redução do déficit comercial: Taxar países com os quais os EUA têm déficit.
- Potencial arrecadatório: Possível aumento na arrecadação com impostos de importação.
Argumentos contra:
- Pressão sobre a inflação: Aumento nos custos de importação podem elevar preços.
- Baixa capacidade de absorção: Dúvidas sobre a produção interna atender à demanda.
- Elevação de juros: Inflação pode forçar o Federal Reserve a aumentar a taxa básica de juros.
- Desaquecimento da economia: Temor de recessão com encarecimento de produtos.
O impacto já foi sentido, com quedas no dólar e nas bolsas nos EUA, Europa e Ásia após o anúncio. Veja a lista completa de tarifas por país.
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