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Tarifaço de Trump faz investidores buscarem novos destinos; Brasil pode aproveitar oportunidade

Investidores estrangeiros diminuem suas apostas em ativos americanos, gerando preocupações no mercado financeiro. A busca por alternativas em outros mercados pode abrir novas oportunidades para países que apresentem fundamentos sólidos.

Investidores estrangeiros estão vendendo bilhões em papéis americanos devido ao temores em relação às tarifas do presidente Donald Trump, o que está provocando um impacto no mercado financeiro.

Nos últimos meses, os estrangeiros venderam US$ 63 bilhões em ações nos EUA, revertendo um ganho de US$ 24 bilhões em fevereiro, gerando risco para avaliações de ações, dado que a participação estrangeira no mercado acionário americano alcançou 18%.

No mercado de renda fixa, a venda de Treasuries acendeu alarmes sobre a demanda por dívidas americanas, levando a um aumento nas taxas de retorno. Os estrangeiros detêm 30% da dívida do Tesouro americano, com o Japão vendendo US$ 20 bilhões em ativos nas primeiras semanas de abril.

Adicionalmente, o Federal Reserve é alvo de críticas por parte de Trump, gerando mais insegurança entre investidores. Especialistas notam uma aversão generalizada a ativos americanos, com a possibilidade de um impacto duradouro nos fluxos de capital.

Apesar da preocupação, analistas do Citi e do UBS consideram a aversão ao dólar como extrema e exagerada, afirmando que o status de “refúgio seguro” do dólar se manterá.

A economista Tatiana Pinheiro vê a situação como uma oportunidade para outras economias, como a Europa e o Brasil, atraírem capital em meio a uma reestruturação no xadrez comercial imposto pelos EUA.

A economia dos EUA teve um encolhimento de 0,3% no 1º trimestre, impactada pela guerra tarifária, enquanto Trump atribui a queda nas Bolsas ao presidente Biden.

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