Tarifaço de Trump entra em vigor e põe em xeque uma das maiores parcerias comerciais da história
Tarifas de importação impostas pelos EUA atingem novos patamares, elevando os custos de produtos chineses e gerando incertezas no comércio global. A guerra comercial entre as duas superpotências pode desencadear retaliações e impactos significativos nas economias envolvidas.
“Designed in California, Assembled in China” ilustra a forte parceria econômica entre Estados Unidos e China, com trocas anuais que superam US$ 500 bilhões.
Nos últimos 50 anos, os EUA mantiveram-se como a maior economia global, enquanto a China se tornou a segunda maior.
Porém, essa relação enfrenta desafios. Em 9 de abril, novas tarifas de importação dos EUA entraram em vigor, aumentando as taxas de produtos.
As tarifas anunciadas por Trump incluem:
- 10% sobre quase todos os países desde 5 de abril.
- Um aumento adicional de tarifas de 10% para a União Europeia, totalizando 20%.
- Taxas excessivas sobre produtos chineses, chegando a 104% em alguns casos.
A análise da consultoria Moody's aponta que essas tarifas podem desencadear uma recessão nos EUA e reduzir o crescimento dos países do G20.
Enquanto Trump defende a medida como uma forma de aumentar a riqueza americana, os mercados registraram quedas históricas. Por exemplo, as ações da Apple despencaram de US$ 223 para US$ 173,11.
No Brasil, o dólar teve flutuação, batendo R$ 6 durante a semana de intensificação das tarifas.
A Casa Branca informa que mais de 70 países buscam negociar com os EUA para suspender tarifas. O Brasil está nesse grupo e pode se beneficiar da guerra tarifária ao aumentar exportações para a China.
Entretanto, a reação da China pode incluir novas retaliações. Análises indicam que o custo das tarifas será repassado aos consumidores, podendo elevar o preço do iPhone 16 para US$ 1.142.
O futuro da produção nos EUA permanece incerto, dado o aumento dos custos e a hesitação em investimentos a longo prazo.