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Tarifaço de Trump: empresários americanos falam em ‘fim dos dias’ e que fabricar nos EUA é ‘piada’

Aumento drástico nas tarifas sobre importações da China pela administração Trump gera crise sem precedentes para fabricantes americanos. Empresas enfrentam dificuldades para se adaptar a um cenário de custos crescentes e incertezas no mercado.

Rick Woldenberg, CEO da Learning Resources, planejou uma estratégia para proteger sua empresa de brinquedos educativos das tarifas de importação do governo dos EUA. Inicialmente preparado para uma tarifa de 40%, a situação se agravou com o aumento para 145%.

A previsão de Woldenberg é que suas tarifas saltem de US$ 2,3 milhões em 2020 para US$ 100,2 milhões em 2025, tornando sua operação insustentável. Ele acredita que isso pode sinalizar o “fim de uma era de bens baratos” nos EUA.

A China continua sendo uma fonte crucial, produzindo itens como 96% das flores artificiais e 90% dos pentes importados pelos EUA. As tarifas têm o potencial de reduzir o crescimento econômico americano em 1,1% até 2025.

A incerteza gerada pelas tarifas está deixando os empresários perplexos. Isaac Larian, da MGA Entertainment, estima que os preços das suas bonecas possam dobrar. Já Marc Rosenberg, da The Edge Desk, adiou a produção de cadeiras devido às tarifas.

A Learning Resources, que emprega 500 pessoas e depende de 2.400 produtos fabricados na China, enfrenta ameaças significativas com as tarifas. Woldenberg destaca a dificuldade de encontrar fabricantes nos EUA que consigam atender sua demanda.

Sem a diminuição ou eliminação das tarifas, muitos pequenos fornecedores chineses podem falir, impactando negativamente empresas como a de Woldenberg.

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