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Tarifaço de Trump: China diz que vai 'revidar até o fim' e contra-ataca com arma cambial

EUA impõem novas tarifas de 104% sobre produtos chineses, ampliando a guerra comercial. Mercados reagem negativamente, com o dólar atingindo a maior cotação em meses no Brasil.

A partir de hoje, produtos chineses importados pelos EUA têm sobretaxa de 104%.

O presidente Donald Trump anunciou tarifas extras de 50% após retaliações da China, que já haviam imposto tarifas de 54%. A confirmação das novas tarifas causou queda nos mercados.

O dólar no Brasil atingiu R$ 6, e a China não pretende recuar, com o Banco Popular da China afrouxando controles cambiais. O yuan desvalorizou-se, chegando a uma mínima histórica contra o dólar.

A desvalorização do yuan pode aumentar a competitividade da China segundo o economista Reinaldo Le Grazie. Ele alerta que esta situação pode desvalorizar o real.

Os mercados reagiram: o Nasdaq caiu 2,15%, o Dow Jones 0,84% e o S&P 500 perdeu 1,57%. O Ibovespa recuou 1,32% e o dólar fechou a R$ 5,997.

Em Washington, a Casa Branca culpou a China pela escalada da guerra comercial, com a porta-voz Karoline Leavitt afirmando que a retaliação da China foi um erro.

A União Europeia pediu negociação entre os países para evitar tensões comerciais. Trump mencionou que >70 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, contataram os EUA sobre o assunto.

O presidente Lula criticou as ações de Trump e defendeu o multilateralismo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que o Brasil está em uma posição melhor para enfrentar essas tarifas em comparação com outros países latino-americanos.

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