Tarifaço de Trump ameaça futuro da Taurus: 'Significa inviabilidade total'
Indústria de armas brasileira enfrenta ameaças com tarifas de 50% impostas pelos EUA, afetando diretamente as exportações e a manutenção de empregos. A Taurus, maior fabricante do país, considera transferir operações para os EUA, com potencial para gerar milhares de demissões no Brasil.
Indústria de armas no Brasil está preocupada com tarifas de 50% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que entrarão em vigor em 1º de agosto. Os EUA são responsáveis por 61% das exportações brasileiras do setor, com a maioria das vendas vindo do Rio Grande do Sul e São Paulo.
As tarifas foram anunciadas devido ao tratamento de Jair Bolsonaro pela Justiça brasileira, enquanto ele é acusado de tramar um golpe de Estado. Bolsonaro se manifestou, afirmando que o fim das tarifas poderia depender de sua anistia.
A Taurus Armas, maior fabricante de armas do Brasil, está considerando transferir sua produção para os EUA, potencialmente resultando na perda de 15 mil empregos no Rio Grande do Sul. O CEO da Taurus, Salesio Nuhs, critica a falta de habilidade do governo brasileiro em negociar as tarifas.
Em 2024, o Brasil exportou US$ 528 milhões em armas, com US$ 324 milhões para os EUA, representando 83% da receita líquida da Taurus. A empresa depende de componentes brasileiros, que também podem ser afetados pelas tarifas.
Analistas questionam a viabilidade de transferir toda a produção para os EUA, destacando os altos custos de operação que poderiam reduzir a competitividade da Taurus. Enquanto isso, a indústria de armas brasileira enfrenta desafios adicionais, como a crescente regulação interna sob o governo do PT.
As exportações de armas da Taurus diminuíram após um auge durante a pandemia, e a situação atual mostra uma dupla restrição: maior controle interno e dificuldades nas exportações devido às tarifas de Trump.
Um panorama complexo para a indústria armamentista brasileira, que já enfrentava desafios sob o governo anterior, se complica ainda mais com as novas políticas internacionais.