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Tarifaço: dá para mandar os alimentos que iriam para os EUA para outros mercados?

Especialistas alertam para a complexidade e desafios enfrentados pelos setores cafeeiro, pesqueiro e de frutas do Brasil na adaptação às novas taxas de exportação. A possibilidade de redirecionar produtos para outros mercados é limitada e pode impactar severamente a cadeia produtiva.

Novo tarifaço de 50% nos EUA gera desafios para exportações brasileiras de tilápia, café e manga.

Especialistas afirmam que **redistribuir produtos** para outros mercados não é simples devido a exigências específicas de cada setor.

O setor cafeeiro aguarda inclusões de exceções ao tarifaço. A **estocagem** permite que produtos sejam guardados por meses, mas a falta de clareza sobre a duração da taxa gera incerteza.

Exportadores de tilápia estão acelerando envios antes do prazo de 6 de agosto. A maioria dos produtos é enviada aos EUA, e não há mercados alternativos que absorvam o volume adequado.

A **manga**, a mais exportada do Brasil, enfrenta sérios riscos. A variedade destinada aos americanos começará a ser colhida em agosto, e sua negociação ainda acontece no pé.

O setor de carne paralisou produção específica para os EUA, seu maior cliente, a China, não seria substituto imediato.

Preparações específicas:

  • Café: Espera por inclusão em exceções; pode ser estocado até 8 meses.
  • Tilápia: Exportadores tentam enviar antes do tarifaço, mas 70% vai para os EUA.
  • Manga: Variável Tommy Atkins colhida apenas em agosto; risco de colapso no mercado.

Os setores têm dúvidas sobre as possibilidades de redirecionar a produção. A **importância dos EUA** é inegável, e novas alternativas como China e Austrália estão sendo exploradas.

O impacto do tarifaço pode afetar preços de alimentos no Brasil, e o cenário continua incerto.

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