Tarifaço, bravatas e imigração: os 100 dias de Trump de volta à Casa Branca
Os primeiros 100 dias de Donald Trump na presidência são marcados por medidas polêmicas e uma política externa isolacionista. Com uma aprovação historicamente baixa, o republicano enfrenta desafios internos e internacionais enquanto promove uma agenda ideológica assertiva.
Donald Trump completa 100 dias de governo neste 29 de abril de 2025, em seu segundo mandato.
Mais ideológico e menos diplomático que na primeira passagem, ele lançou uma guerra tarifária global e revogou decretos de Biden em clima, imigração e diversidade.
Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e México, justificando suas ações com questões de imigração, drogas e subsídios.
Em abril, ele aplicou taxas a todos os países, exceto à China, que sofreu taxa de 145%. O mercado financeiro reagiu, com o Nasdaq caindo mais de 10%.
Antes disso, Trump intensificou ações contra imigrantes ilegais. Utilizou a Lei de Inimigos Estrangeiros para acelerar deportações, incluindo 200 imigrantes venezuelanos.
Em medidas de desmantelamento, desativou a USaid, responsável pela ajuda externa, e promoveu cortes no Departamento de Educação, endereçando programas de diversidade.
Seu governo tem o pior índice de aprovação em 80 anos, com apenas 38% dos americanos aprovando sua gestão, abaixo dos 42% do seu primeiro mandato.
Trump evitou viagens internacionais, focando reuniões com aliados tradicionais. A única exceção foi o presidente de El Salvador, Nayib Bukele.
As relações internacionais estão sob responsabilidade do secretário de Estado, Marco Rubio, que realizou 14 viagens para fortalecer alianças.
No cenário de conflito, enquanto buscou uma trégua na Ucrânia, relações com o presidente Zelensky se deterioraram, culminando em uma reunião tensa e acusações.
No Oriente Médio, Trump tentou reivindicar créditos pela trégua em Gaza, mas os combates recomeçaram e sua proposta de reconstrução foi vista como polêmica.
O governo mostra uma postura alavancada ao primeiro-ministro israelense, com sugestões de transformar Gaza em resort, causando reações adversas.
Até agora, não há um plano estruturado para nova trégua em Gaza e o futuro das negociações permanece incerto.