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Tarifaço: Brasil será chamado a negociar, dizem emissários do governo Trump a empresários dos EUA

Brasil se prepara para negociações com os EUA sobre tarifas comerciais, mas enfrenta incertezas políticas. O governo americano prioriza mercados com superávit comercial e impõe condições à diplomacia brasileira para revisar as alíquotas.

Brasil será chamado a negociar com o governo americano, conforme revelado a empresários dos EUA. A data para as negociações ainda não foi definida.

O Brasil é o país mais taxado, exceto a China, que teve alíquotas suspensas temporariamente. Contudo, o Brasil ficou para o fim da fila nas negociações por estar em déficit comercial com os EUA.

Os acordos firmados pelos EUA têm focado mercados com superávit, como União Europeia e Japão, enquanto o Brasil, com superávit de US$ 253 milhões, ficou em segundo plano.

Nesta quinta, Trump afirmou que existem condições para rever as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, exigindo ações do governo contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ele mencionou uma “emergência nacional” no Brasil e criticou ações do governo brasileiro que ameaçariam a segurança nacional americana.

Embora tenha sido divulgada uma lista de exceções com 694 itens, que gerou alívio, a diplomacia brasileira permanece cautelosa. A avaliação no governo é que as imposições atuais têm caráter político, não econômico.

As negociações são vistas como limitadas e centralizadas nas decisões de Trump. As autoridades brasileiras estão sem clareza sobre o impacto da lista de exceções e ainda esperam discutir tarifas em um segundo momento.

Entretanto, foram avaliadas como positivas as ações do Brasil, incluindo teleconferências com o vice-presidente, a comitiva de senadores em Washington e o encontro do chanceler com o secretário de Estado dos EUA.

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