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Tarifaço ameaça 140 mil empregos no Rio Grande do Sul e indústria já fala em suspensão de contratos

Fiergs alerta que isenção de tarifas para exportações ter-lhe-á pouco efeito no Rio Grande do Sul, onde 85,7% das exportações continuam impactadas. Governador anuncia liberação de crédito para ajudar indústrias, mas apelos por medidas mais amplas se intensificam.

A isenção de tarifas para quase 700 produtos exportados aos Estados Unidos terá pouco impacto nas empresas gaúchas, segundo a Fiergs.

O presidente da Fiergs, Claudio Bier, alertou que 85,7% das exportações do Rio Grande do Sul estão afetadas pelas tarifas do governo Trump.

Com isso, 140 mil postos de trabalho podem ser ameaçados. Bier afirmou que as indústrias precisam de “fôlego” e alternativas diante da tarifa de 50%.

Guilherme Scozziero, da Fiergs, mencionou que a federação irá propor medidas governamentais para evitar demissões, como a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornadas.

A indústria gaúcha teve uma leve alta de 0,6% em 2024, mas a previsão de perda no PIB do estado foi revista de R$ 1,9 bilhão para R$ 1,5 bilhão após a lista de itens isentos.

O governador Eduardo Leite anunciou a liberação de R$ 100 milhões em crédito para as empresas exportadoras, valor que a Fiergs deseja que seja dobrado.

Os setores mais vulneráveis incluem:

  • Produtos de metal: US$ 324,9 milhões exportados, 35,8% do total.
  • Taurus: 85,9% da produção, cerca de US$ 170,2 milhões, foi para os EUA.
  • Máquinas e materiais elétricos: US$ 114,6 milhões, 42,5% do total.
  • Calçados: US$ 176,2 milhões, 19,4% da produção.

Contudo, redirecionar vendas para novos mercados é um desafio. Bier destacou a necessidade de intensificar o diálogo diplomático para evitar retaliações que possam afetar mais a indústria.

Ele também mencionou o temor de represálias devido à imprevisibilidade de Trump e a importância de manter a indústria fora de conflitos políticos.

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