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Tarifa de 50% sobre café brasileiro nos EUA deve alterar comércio e beneficiar China

Tarifas sobre o café brasileiro podem impulsionar exportações para a China e União Europeia. Especialistas alertam que comerciantes buscarão rotas alternativas para evitar os custos adicionais nos EUA.

Tarifa de importação dos EUA sobre café brasileiro pode mudar rotas comerciais.

O governo de Donald Trump impôs tarifas que afetam o café brasileiro, o que poderia beneficiar a China e incentivar comerciantes a buscar rotas indiretas para os EUA.

Os Estados Unidos são o maior consumidor de café do mundo, importando 25 milhões de sacas por ano, com um terço vindo do Brasil e comércio bilateral de US$ 4,4 bilhões.

Especialistas, como Michael J. Nugent, alertam que isso vai impactar toda a cadeia de distribuição, afetando tanto a origem quanto os consumidores.

Com a **China** aumentando seu consumo de café, o Brasil pode direcionar mais grãos para o país asiático, especialmente após interrupções comerciais provocadas pelo governo Trump, segundo Marc Schonland.

No primeiro semestre de 2025, o Brasil exportou 538 mil sacas de café para a China, onde o consumo cresceu cerca de 20% ao ano na última década.

Os grãos brasileiros também podem ser exportados para a União Europeia, que não aplica tarifas, conforme sugerido por Logan Allender, da Atlas Coffee Club.

Alguns exportadores podem tentar driblar as tarifas enviando o café para outros países antes de chegar aos EUA. Isso pode aumentar os custos logísticos, mas minimizar o impacto da tarifa, segundo Debajyoti Bhattacharyya.

A analista Judith Ganes acredita que a exclusão do café da lista de isenção sugere que Trump está usando o produto como moeda de troca em suas disputas políticas.

O comércio de café carregado no Brasil até 6 de agosto pode entrar nos EUA sem tarifas até 6 de outubro, o que leva processadores como William Kapos a acelerar envios. No futuro, ele considera comprar café de América Central e África como substituto.

Em resumo, a situação provoca incertezas para compradores dos EUA, que enfrentarão pressão de preço ao buscar alternativas.

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