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Tarifa de 10% dos EUA sobre produtos brasileiros entra em vigor

Brasil enfrenta aumento de tarifas nos EUA, com 10% sobre produtos importados a partir de 5 de abril de 2025. Medida gera reações diversas entre economistas e autoridades, com expectativa de impactos nas exportações e na inflação norte-americana.

Tarifa recíproca de 10% para produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos entra em vigor a partir das 1h deste sábado (5.abr.2025).

A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump em 2 de abril. As taxas não serão cumulativas para alguns itens, não incidindo sobre alíquotas já estabelecidas, como os 25% em aço e alumínio.

Os EUA são o 2º maior destino das vendas brasileiras. O percentual para o Brasil é menor que o da China (34%) e União Europeia (20%), que anunciaram retaliação.

Economistas veem o percentual aos brasileiros com otimismo, apontando uma possível vantagem competitiva e aumento de investimentos chineses no Brasil.

A XP Investimentos classificou o saldo como "positivo", destacando oportunidades para o agronegócio e setores exportadores de commodities.

O presidente Lula e aliados veem as medidas com pessimismo, defendendo o multilateralismo. O Congresso Nacional aprovou um projeto de lei para adotar reciprocidade tarifária com outros países.

As tarifas devem aumentar os preços das importações nos EUA, potencialmente elevando a inflação. As reações do mercado já foram notadas, com quedas nas Bolsas europeias, dos EUA e no Ibovespa.

Após a divulgação das tarifas, o dólar caiu 1,23% em 3 de abril, mas subiu 3,7% na sexta-feira (4.abr), fechando a R$ 5,836 devido à retaliação da China.

Trump defende a taxação com o objetivo de impulsionar a indústria local. O impacto para o Brasil pode ser significativo, pois os EUA são o maior comprador de aço e 2º maior de alumínio. Estudos apontam que a taxação pode reduzir as exportações brasileiras em até US$ 1,5 bilhão.

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