Tarcísio prevê cortes em 2026 em SP e culpa Lula por ter que frear investimentos
Tarcísio de Freitas projeta cortes de R$ 1 bilhão nas despesas de 2026 em meio à desaceleração econômica e críticas à gestão fiscal de Lula. A oposição vê os ajustes como estratégia política para as eleições de 2026, enquanto o governo paulista defende a responsabilidade fiscal diante da crise.
Governador Tarcísio de Freitas de São Paulo prevê corte de R$ 1 bilhão (0,3%) nas despesas em 2026 devido à desaceleração econômica, atribuindo a culpa à gestão fiscal de Lula.
Tarcísio critica os altos juros como um fator desestimulador, o que impactará crescimento das receitas paulistas. O governo federal não se manifestou sobre as críticas.
A oposição acusa Tarcísio de usar a situação para fins eleitorais, afirmando que ele tenta apresentar resultados positivos antes das eleições de 2026.
A proposta de LDO 2026 menciona que as receitas totais cairão R$ 1,6 bilhão (0,5%), enquanto as receitas primárias devem crescer R$ 2,3 bilhões (0,7%).
Gilmaci Santos, líder do governo na Alesp, aponta que o cenário atual exige cautela devido à crise econômica. Oposição, como Paulo Fiorilo (PT), considera as críticas ao governo federal como desleais.
Tarcísio é visto como potencial candidato à presidência em 2026. Ele mantém uma postura de aliança e elogios ao governo federal em eventos com Lula, mas critica sobre fiscalizações em eventos empresariais.
Tarcísio lançou um programa social ampliado muito além do Bolsa Família, reforçando apoio de partidos do centro e da direita. As mudanças nas despesas e previsões de superávit primário foram interpretadas como manipulação eleitoral, embora aliados defendam a responsabilidade da gestão.
Por outro lado, o economista Fabio Andrade aponta contradições entre os cortes de gastos e o aumento das isenções fiscais, que representarão uma renúncia de R$ 78,7 bilhões em 2026.
A análise do PT enfatiza que setores como comércio e indústria concentram a maior parte das isenções, levantando questionamentos sobre sua legitimidade e necessidade de avaliação periódica.
Tarcísio se posiciona contra o fim das isenções, defendendo a competitividade da indústria paulista em relação a Estados vizinhos.