Tarcísio, Pazuello e mais: STF ouve testemunhas de Bolsonaro a partir desta 6ª

O Supremo Tribunal Federal (STF) ouve nesta sexta-feira, 30, e na próxima segunda, 2 de junho, testemunhas de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Estão previstas audiências virtuais para 11 testemunhas, incluindo cinco membros do alto escalão do governo Bolsonaro:

• Ex-ministro de Infraestrutura e atual governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos)
• Ex-chefe da Casa Civil e atual senador, Ciro Nogueira (PP-PI)
• Ex-ministro da Saúde e deputado, Eduardo Pazuello (PL-RJ)
• Ex-chefe do Turismo, Gilson Machado
• Ex-ministro do Desenvolvimento Regional e senador, Rogério Marinho
• Ex-secretário-executivo da Casa Civil, Jonathas Nery

O líder do PL, Valdemar Costa Neto, deve depor como testemunha do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Nenhuma das testemunhas foi citada na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que abriu ação penal em 26 de março contra o “núcleo crucial” do plano de golpe.

O relatório da Polícia Federal (PF), enviado à PGR em novembro, citou Valdemar 38 vezes, mas ele e outros sete indiciados não foram denunciados. O procurador-geral Paulo Gonet não encontrou provas de que Valdemar soubesse da manipulação do relatório do Instituto Voto Legal.

O advogado Amauri Feres Saad é testemunha de defesa de Bolsonaro, embora não tenha sido mencionado na denúncia da PGR. Ele ajudou a elaborar a minuta de golpe apresentada por Bolsonaro aos comandantes das Forças Armadas.

Outros senadores, como Esperidião Amin (PP-SC), Eduardo Girão (Novo-CE) e deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), também serão ouvidos.

As audiências são acompanhadas presencialmente por jornalistas e as defesas dos réus, mas não estão sendo transmitidas.

Os depoimentos sobre o "núcleo central" da trama golpista começaram em 19 de março e marcaram a confirmação da existência da “minuta do golpe” pelo ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.

O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, confirmou que o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, colocou suas tropas à disposição de Bolsonaro.