Tanure contrata Rothschild e vai trabalhar proposta por Braskem nos próximos meses, dizem fontes
Nelson Tanure busca negociação complexa para adquirir participação da Novonor na Braskem, contando com a assessoria do banco Rothschild. A iniciativa visa resolver questões de dívida e garantir a viabilidade do negócio, em meio a conversas com bancos e a Petrobras.
Nelson Tanure contratou o banco de investimento Rothschild para assessorar sua proposta de aquisição da fatia da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem. As negociações devem levar meses para serem formalizadas.
Em maio, Tanure manifestou interesse em negociar com a família Odebrecht, bancos e Petrobrás. O controle da Novonor na Braskem é garantido por empréstimos bilionários de Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e BNDES.
Cerca de R$ 19 bilhões em créditos da Novonor estão em discussão, onde as conversas com os bancos poderão se estender até o final do segundo semestre.
Tanure já teve diálogos com os bancos, mas precisa da anuência da Petrobras para qualquer proposta. A presidente da estatal, Magda Chambriard, sinalizou disponibilidade para conversas, buscando ampliar sua gestão na empresa.
A proposta inicial de Tanure prevê que a família Odebrecht mantenha entre 3,5% e 5% de participação na Braskem. Atualmente, a Novonor detém 50,1% das ações ordinárias, assegurando o controle, enquanto a Petrobras possui 47% do capital votante.
A fatia da Novonor na Braskem está à venda há seis anos, enfrentando problemas de dívida e incidentes operacionais em Maceió. A Adnoc, de Abu Dhabi, havia proposto adquirir 38% da Braskem por R$ 10,5 bilhões, mas as negociações foram interrompidas. Tanure e os bancos não comentaram sobre a situação.