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Tailândia e Camboja se reúnem na Malásia para negociar o fim das hostilidades

Líderes da Tailândia e do Camboja se reunirão na Malásia em busca de um cessar-fogo após dias de intensos confrontos. As discussões são impulsionadas por mediações dos EUA e visam reduzir a violência na disputada região da fronteira.

Líderes da Tailândia e do Camboja se reunirão na Malásia para conversas sobre a resolução de conflitos, conforme anunciado neste domingo (27) por um porta-voz do primeiro-ministro tailandês.

O encontro ocorrerá após a mediação do presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim à disputa fronteiriça, que já resultou em pelo menos 34 mortes e 168 mil deslocados.

O primeiro-ministro interino tailandês, Phumtham Wechayachai, participará da reunião, a convite do primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim. O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, também deverá comparecer.

Trump destacou que não avançará com acordos comerciais se as hostilidades persistirem. Ambas as partes concordaram em discutir um cessar-fogo. Hun Manet pediu um cessar-fogo imediato, com Trump afirmando que a Tailândia também aceitou interromper os ataques.

Entretanto, a Tailândia expressou reservas e solicitou "intenção sincera" do Camboja. Os confrontos começaram na quinta-feira após uma explosão de mina, com ambos os lados se acusando. As nações já retiraram embaixadores e fecharam passagens de fronteira.

Os combates seguiram neste domingo, com troca de ataques e acusações de violações de direitos humanos. A Tailândia relatou novas baixas, agora somando 21 mortos, incluindo civis, enquanto o Camboja informou 13 mortes.

Civis nas áreas afetadas estão em abrigos temporários, com escolas e hospitais fechados. O Conselho de Segurança da ONU pediu à ASEAN que medie a paz, enquanto a Human Rights Watch condenou o uso de munições de fragmentação em áreas povoadas.

A disputa pela fronteira de 800 km entre Tailândia e Camboja é antiga, mas os confrontos recentes atingiram novos níveis desde maio.

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