Tailândia e Camboja concordam com cessar-fogo ‘imediato e incondicional’, diz Malásia
Cessar-fogo é resultado de negociações mediadas pela Malásia, com participação dos EUA e China. Espera-se que o acordo traga alívio para os cerca de 300 mil deslocados na região.
Tailândia e Camboja concordam com cessar-fogo “imediato e incondicional” após confrontos na fronteira que duraram cinco dias, segundo o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim.
O acordo foi anunciado durante negociações presididas por Ibrahim, como parte da Asean. As discussões resultaram em um entendimento para retornar à normalidade.
- O cessar-fogo terá início à meia-noite de terça-feira, 29.
- Reuniões entre militares de ambas as partes serão realizadas para reduzir tensões.
- Ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos três países desenvolverão um mecanismo para monitorar o cessar-fogo.
Hun Manet (Camboja) e Phumtham Wechayachai (Tailândia) expressaram esperança de melhorar as relações bilaterais e possibilitar o retorno de 300 mil evacuados.
Conflitos começaram após uma explosão de mina terrestre ferir soldados tailandeses, resultando em pelo menos 35 mortes e mais de 260 mil deslocados. Ambos os países chamaram de volta seus embaixadores e fecharam passagens de fronteira, exceto para trabalhadores cambojanos.
A reunião foi influenciada pela pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, que advertiu sobre possíveis consequências comerciais. Representantes da China e dos EUA participaram das negociações.
Essa violência é um exemplo raro de confronto aberto dentro da Asean, que defende a não agressão e o diálogo pacífico.
Deslocados relatam pavor com os combates e esperam por um acordo rápido. Muitos pedem o fim das hostilidades e desejam retornar a seus lares.
A disputa territorial de 800 km entre Tailândia e Camboja persiste há décadas, mas os confrontos anteriores foram breves.