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Suzano pode fazer aquisição de US$ 4 bi, diz agência: boa ou má notícia para ações?

Suzano e concorrentes se destacam na disputa pela unidade de papel tissue da Kimberly-Clark, avaliada em US$ 4 bilhões. Enquanto analistas debatem as implicações da negociação, expectativas de sinergias reais e estratégia de diversificação ganham destaque.

Fusões e aquisições voltam a ganhar destaque no setor de papel e celulose.

De acordo com a Reuters, a Suzano (SUZB3), assim como as asiáticas Royal Golden Eagle (RGE) e Asia Pulp & Paper Co (APP), são as finalistas na venda dos negócios de papel tissue da Kimberly-Clark, avaliada em US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 22,68 bilhões).

As empresas estão em processo de due diligence e devem apresentar propostas até meados de maio. A unidade gera cerca de US$ 500 milhões em Ebitda.

O Bradesco BBI vê pouca probabilidade de a transação se concretizar, considerando as incertezas econômicas e a disciplina na alocação de capital da Kimberly-Clark.

A Genial Investimentos considera a operação uma oportunidade estratégica para a Suzano diversificar sua presença e entrar em nichos premium. Eles destacam que, embora a oferta anterior de US$ 15 bilhões pela IP tenha fracassado, essa situação pode ser mais viável regulatória e financeiramente.

Contudo, o sucesso depende de sinergias reais, destinação de capital e controle de riscos tarifários nos EUA. A Genial reafirmou a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 72.

O Bank of America (BofA) não apressa a transação, vendo mais favoráveis aquisições menores. Eles alertam que a potencial aquisição poderia pressão no balanço patrimonial, embora adições de capacidade de produção de fluff sejam vantajosas.

O BofA acredita que, sem adições de capacidade a curto prazo, o mercado de fluff está mais protegido do que o de celulose. Contudo, qualquer ganho seria gradual e exigiria investimento em ativos.

O BofA manteve sua recomendação de compra para Suzano e CMPC, prevendo gerarem fluxos de caixa livres de 10% e 14% até 2025, respectivamente.

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