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Suzano mira operações globais para enfrentar guerra comercial

A Suzano reforça sua estratégia de expansão global com aquisições na Europa e estreita relações comerciais com China e Estados Unidos, buscando mitigar os impactos da guerra comercial. A empresa, que se destaca na produção de celulose, prevê crescimento mesmo em um cenário desafiador para o setor.

Suzano, a gigante brasileira de papel e celulose, está expandindo suas operações globalmente enquanto navega por tensões comerciais entre países. Seu maior comprador é a China, mas as perspectivas se voltam para os Estados Unidos.

A empresa colhe eucalipto para fabricar produtos como papel higiênico e afirma impactar a vida de 2 bilhões de pessoas. Para enfrentar a turbulência do comércio global, a Suzano optou por estreitar laços comerciais em várias direções. Nos EUA, realizou pequenas aquisições após uma tentativa de compra de US$ 15 bilhões da International Paper.

Na China, a empresa transferiu operações para Xangai e emitiu títulos em yuan. Recentemente, adquiriu participação no negócio de tissue da Kimberly-Clark por US$ 3,4 bilhões, aumentando sua presença na Europa.

Segundo o CEO, João Alberto Abreu, a empresa é agnóstica a geografias e busca se manter competitiva diante da guerra comercial iniciada por Donald Trump, que pode impactar o crescimento global.

Apesar da queda nos preços globais da celulose, as ações da Suzano subiram após o acordo com a Kimberly-Clark, com 16 dos 18 analistas recomendando a compra dos papéis e previsão de retorno de 42% em 12 meses.

A Suzano planeja “descentralizar, internacionalizar e verticalizar” suas operações, focando em mercados diversificados para não depender de um único bloco. Com fábricas de baixo custo, a empresa pode manter lucratividade durante períodos de baixa nos preços.

As plantações de eucalipto da Suzano são uma chave para seu negócio, com colheitas a cada sete anos. A guerra comercial pode abrir novas oportunidades, permitindo que a Suzano aproveite espaço de mercado à medida que concorrentes americanos enfrentam tarifas.

Atualmente, a Suzano reagrupará suas operações após a aquisição da Kimberly-Clark, focando na racionalização de novos ativos.

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